Há 2 meses atrás, numa hr dessas, eu tava tentando engolir o choro e a dor e ir pro aeroporto. Nem gosto mto de lembrar desse dia, e de pensar que faltava 1 dia pro meu aniversário, mas eu nem conseguia me importar com isso. É, fiquei mais velha voando. Nunca falei mto desse dia, foi uma mistura de sensaçoes. Eu me senti mto triste, meu coraçao mto apertado e chorava mto, mas, ao mesmo tempo, tinha toda a curiosidade do que estava me esperando lá embaixo, qdo o aviao descesse. Qdo cheguei em NJ, parecia que eu tava mais tranquila e aproveitaria aquela semana como um passeio e deixaria pra pensar depois, mas, no mesmo dia, indo pra NY com as meninas, só consegui ficar triste e chorar e, acreditem, consegui odiar New York. rs
Isso prova que o mundo externo é reflexo do nosso mundo interno, pq todos sabem como NY é uma cidade linda... no dia 26 de janeiro de 2009, NY pra mim era apenas um lugar escuro, frio, triste e que não chega aos pés do Brasil. É, isso completa 2 meses... por um lado, já, por outro, ainda. Nem sei explicar.
Tive mtos pensamentos por esses dias. Eu diria que hj estou num dia bom, um pouco mais tranquila, mas não é sempre assim, como não foi nesse fim de semana. Acho que foi um dos piores desde que cheguei. Minha reflexão começou pendir pra esse lado na sexta a noite, qdo eram quase 9:30pm, e eu tava ainda dentro dessa casa, com o baby, fazendo trabalho extra, aceitei pra ganhar mais $. Aí parei e pensei “sexta-feira a noite e eu aqui” e, pior, o dia seguinte era sábado e eu não tinha nenhum plano melhor que isso tb, nem pra domingo. Eu aqui, longe de todos que amo, com saudade, nesse país distante, cuidando de criança, cansada, querendo q chegue o fim de semana... aí ele chega e eu não sei o que fazer com ele. Deu uma sensaçao mto ruim.
Sábado, tentei de tudo, mas não achei nada empolgante pra fazer, e nem desempolgante, fui na casa da Renata e demos uma volta pelos mesmos lugares de sempre, digo, farmácia e loja, mas esse fds tinha o fato de que eu não queria gastar tb, entao o que ia fazer em loja? Eu tava pior tb com o assunto das férias minhas q nada tava dando certo, mas ainda chego lá.
Voltei pra casa triste por não ter achado nada pra fazer melhor do que ficar aqui, aí fui ler meus e-mails. A Moira agora que tá estudando pra ser psicóloga tá cheia de me mandar uns e-mails filosóficos, né. E eu tô com mania de ler... rs! Aí li um que falava sobre a nossa vida, que temos que ter um “amante”, esse amante pode ser um amor, um amigo, um hobbie, qualquer coisa que faça vc se sentir bem, que dê um sentido para a sua vida, pq a gente não deve apenas “ir levando”, temos que viver cada dia com intensidade, etc., essas coisas que até de certa forma já são clichês, mas não deixam de ser verdadeiras. E isso mexeu mto comigo, sabe.
Eu sou cheia de me questionar sobre a vida, sobre a morte, de onde viemos, pra onde vamos, como começou, porque? Se é que vamos pra algum lugar, e etc... Sempre sinto um enorme vazio por não saber responder essas questoes e um vazio maior ainda por não saber se um dia elas serao respondidas ou não! Mas, enfim... É fato que um dia vamos morrer, continue ou não depois, essa vida terrena vai acabar e essa é uma verdade da qual nós não podemos fugir. Aliás, sempre digo que essa é a maior ironia da vida, pois vivemos buscando muitas certezas e não conseguimos tê-las, mas fugimos da única que temos, que é a morte. É certo a gente ignorar, deixar isso um pouco de lado, claro, senao não conseguimos viver. Mas que a é ironico, é!
Entao... eu concordo que temos que viver cada dia com intensidade, temos que aproveitar, amar, sermos felizes, pois não sabemos quando pode ser a última vez para fazermos tantas coisas que amamos. O certo é dar valor a cada dia como se fosse o último, pq um dia vai ser. Mas, por outro lado, não necessariamente o ultimo dia será hoje ou amanhã, e entao a gente tem que pensar nessa vida que temos aqui tb, temos que pensar em estabilidade financeira, em sucesso, em nos darmos bem na vida, seja lá o que aconteça com tudo isso em algum outro plano, nós precisamos disso aqui. Todo mundo tem algum objetivo e procura alcançá-lo nessa vida. E a minha conhecida ambivalência entra aí mais uma vez: por um lado, a sede de viver e ser feliz hoje, pois pode ser o ultimo dia, por outro, a necessidade de plantar coisas no hoje para poder colher no amanhã, mesmo que tenhamos que renunciar a certas alegrias no hoje.
As duas coisas fazem sentido, mas, infelizmente, as vezes é difícil conciliar as duas. No meu caso atual, por exemplo, é. Às vezes, me sinto mto triste aqui e sozinha e, se for pensar, às vezes vou apenas “levando” vida aqui, sem mtas alegrias, sem mtas coisas que realmente me despertem alegria de viver. É como se eu esperasse pra ser feliz daqui a pouco, pq sei que minha alegria está onde está quem eu amo. Por outro lado, estou vivendo uma experiencia importante pra minha vida, pro meu amadurecimento e, provavelmente, pra minha carreira no futuro. Pode me acrescentar mtos ganhos psicológicos e me ajudar no sucesso, na estabilidade financeira, no conhecimento de uma nova cultura e língua, etc. Isso não é uma certeza, mas é pelo menos o que todos pensam qdo dizem o qto é importante morar no exterior.
Aí me pego no dilema entre querer viver pra valer a cada dia e esperar p/ colher no futuro o que planto hoje, com certa dificuldade. Não acho q isso tenha pouca importancia, isso me faz pensar mto.. e, se to aqui até agora, é pq deixo o lado racional do meu futuro nessa vida terrena dominar, pq se fosse pensar só no que meu coração sente eu estaria onde meu coração está, que, definitivamente, não é aqui. Até poderia ser aqui ou qualquer lugar, se fosse perto dos que amo. Estou ainda pretendendo viver um dia de cada vez, sei que posso ter alegrias por aqui tb, que posso me divertir, mas estou me referindo a um sentimento profundo de felicidade, de se sentir completa, cheia de amor e de tudo. Aliás, coisa que provavelmente eu não teria no Brasil se nunca tivesse vindo pra cá, e que posso valorizar mto mais agora.
Hoje começo a entender melhor o significado de “Minha terra tem palmeiras onde canta o sabiá, as aves que aqui gorgeiam não gorgeiam como lá”. Sei que essa experiencia, se parasse aqui, já teria de qualquer forma valido algo. Pq eu sou um tipo de pessoa que não consegue ficar com dúvidas na cabeça, sem ir atrás de tentar. Se me surgiu a vontade de vir, eu tinha que vir. Sei que teria me arrependido se não tivesse tentado, sei que estaria no Brasil pensando “nossa, mas poderia ter sido tao bom se eu estivesse ido...”. Não quero ter esse tipo de dúvida, eu vim, aqui estou, e mesmo que essa viagem não valesse pra mais nada, já valeria pra isso. Quero ser uma pessoa adulta esclarecida, escolher o que quero pra mim sem ficar pensando que poderia ter sido melhor se fosse diferente. De qualquer forma, sei q essa viagem não vale só pra isso, e é por isso que ainda to aqui, atrás de o que mais ela pode me oferecer. Mas a ambivalencia é, sim, mto grande.
Vou deixar os outros assuntos mais concretos para algum outro post, pois acho que eles não cabem aqui agora, assim como não cabem na minha cabeça, que nesse momento está “devaneante”, mais uma vez, exista ou não essa palavra. De qualquer forma, são apenas palavras, e eu estou tentando transcrever sentimentos.
Só mais uma coisa... qdo leio algo sobre algo que faz sentido na minha vida, encontro algo, além das pessoas que amo, que sei que está escondido e que me faz falta, que é meu gosto pela música. É algo que me faz me sentir mais completa, mas andei deixando isso de lado por mts traumas inconscientes, talvez, e não sei mto bem o que quero com isso agora. Sem grandes pretensões, nem desejo de fama, mas acho q, qd nascemos com certo dom, tem algum motivo maior e isso costuma fazer a gente se sentir mais cheio de vida. A falta disso faz a gente sentir a vida mais sem graça...
Mtas reflexões... tenham uma boa semana.
Isso prova que o mundo externo é reflexo do nosso mundo interno, pq todos sabem como NY é uma cidade linda... no dia 26 de janeiro de 2009, NY pra mim era apenas um lugar escuro, frio, triste e que não chega aos pés do Brasil. É, isso completa 2 meses... por um lado, já, por outro, ainda. Nem sei explicar.
Tive mtos pensamentos por esses dias. Eu diria que hj estou num dia bom, um pouco mais tranquila, mas não é sempre assim, como não foi nesse fim de semana. Acho que foi um dos piores desde que cheguei. Minha reflexão começou pendir pra esse lado na sexta a noite, qdo eram quase 9:30pm, e eu tava ainda dentro dessa casa, com o baby, fazendo trabalho extra, aceitei pra ganhar mais $. Aí parei e pensei “sexta-feira a noite e eu aqui” e, pior, o dia seguinte era sábado e eu não tinha nenhum plano melhor que isso tb, nem pra domingo. Eu aqui, longe de todos que amo, com saudade, nesse país distante, cuidando de criança, cansada, querendo q chegue o fim de semana... aí ele chega e eu não sei o que fazer com ele. Deu uma sensaçao mto ruim.
Sábado, tentei de tudo, mas não achei nada empolgante pra fazer, e nem desempolgante, fui na casa da Renata e demos uma volta pelos mesmos lugares de sempre, digo, farmácia e loja, mas esse fds tinha o fato de que eu não queria gastar tb, entao o que ia fazer em loja? Eu tava pior tb com o assunto das férias minhas q nada tava dando certo, mas ainda chego lá.
Voltei pra casa triste por não ter achado nada pra fazer melhor do que ficar aqui, aí fui ler meus e-mails. A Moira agora que tá estudando pra ser psicóloga tá cheia de me mandar uns e-mails filosóficos, né. E eu tô com mania de ler... rs! Aí li um que falava sobre a nossa vida, que temos que ter um “amante”, esse amante pode ser um amor, um amigo, um hobbie, qualquer coisa que faça vc se sentir bem, que dê um sentido para a sua vida, pq a gente não deve apenas “ir levando”, temos que viver cada dia com intensidade, etc., essas coisas que até de certa forma já são clichês, mas não deixam de ser verdadeiras. E isso mexeu mto comigo, sabe.
Eu sou cheia de me questionar sobre a vida, sobre a morte, de onde viemos, pra onde vamos, como começou, porque? Se é que vamos pra algum lugar, e etc... Sempre sinto um enorme vazio por não saber responder essas questoes e um vazio maior ainda por não saber se um dia elas serao respondidas ou não! Mas, enfim... É fato que um dia vamos morrer, continue ou não depois, essa vida terrena vai acabar e essa é uma verdade da qual nós não podemos fugir. Aliás, sempre digo que essa é a maior ironia da vida, pois vivemos buscando muitas certezas e não conseguimos tê-las, mas fugimos da única que temos, que é a morte. É certo a gente ignorar, deixar isso um pouco de lado, claro, senao não conseguimos viver. Mas que a é ironico, é!
Entao... eu concordo que temos que viver cada dia com intensidade, temos que aproveitar, amar, sermos felizes, pois não sabemos quando pode ser a última vez para fazermos tantas coisas que amamos. O certo é dar valor a cada dia como se fosse o último, pq um dia vai ser. Mas, por outro lado, não necessariamente o ultimo dia será hoje ou amanhã, e entao a gente tem que pensar nessa vida que temos aqui tb, temos que pensar em estabilidade financeira, em sucesso, em nos darmos bem na vida, seja lá o que aconteça com tudo isso em algum outro plano, nós precisamos disso aqui. Todo mundo tem algum objetivo e procura alcançá-lo nessa vida. E a minha conhecida ambivalência entra aí mais uma vez: por um lado, a sede de viver e ser feliz hoje, pois pode ser o ultimo dia, por outro, a necessidade de plantar coisas no hoje para poder colher no amanhã, mesmo que tenhamos que renunciar a certas alegrias no hoje.
As duas coisas fazem sentido, mas, infelizmente, as vezes é difícil conciliar as duas. No meu caso atual, por exemplo, é. Às vezes, me sinto mto triste aqui e sozinha e, se for pensar, às vezes vou apenas “levando” vida aqui, sem mtas alegrias, sem mtas coisas que realmente me despertem alegria de viver. É como se eu esperasse pra ser feliz daqui a pouco, pq sei que minha alegria está onde está quem eu amo. Por outro lado, estou vivendo uma experiencia importante pra minha vida, pro meu amadurecimento e, provavelmente, pra minha carreira no futuro. Pode me acrescentar mtos ganhos psicológicos e me ajudar no sucesso, na estabilidade financeira, no conhecimento de uma nova cultura e língua, etc. Isso não é uma certeza, mas é pelo menos o que todos pensam qdo dizem o qto é importante morar no exterior.
Aí me pego no dilema entre querer viver pra valer a cada dia e esperar p/ colher no futuro o que planto hoje, com certa dificuldade. Não acho q isso tenha pouca importancia, isso me faz pensar mto.. e, se to aqui até agora, é pq deixo o lado racional do meu futuro nessa vida terrena dominar, pq se fosse pensar só no que meu coração sente eu estaria onde meu coração está, que, definitivamente, não é aqui. Até poderia ser aqui ou qualquer lugar, se fosse perto dos que amo. Estou ainda pretendendo viver um dia de cada vez, sei que posso ter alegrias por aqui tb, que posso me divertir, mas estou me referindo a um sentimento profundo de felicidade, de se sentir completa, cheia de amor e de tudo. Aliás, coisa que provavelmente eu não teria no Brasil se nunca tivesse vindo pra cá, e que posso valorizar mto mais agora.
Hoje começo a entender melhor o significado de “Minha terra tem palmeiras onde canta o sabiá, as aves que aqui gorgeiam não gorgeiam como lá”. Sei que essa experiencia, se parasse aqui, já teria de qualquer forma valido algo. Pq eu sou um tipo de pessoa que não consegue ficar com dúvidas na cabeça, sem ir atrás de tentar. Se me surgiu a vontade de vir, eu tinha que vir. Sei que teria me arrependido se não tivesse tentado, sei que estaria no Brasil pensando “nossa, mas poderia ter sido tao bom se eu estivesse ido...”. Não quero ter esse tipo de dúvida, eu vim, aqui estou, e mesmo que essa viagem não valesse pra mais nada, já valeria pra isso. Quero ser uma pessoa adulta esclarecida, escolher o que quero pra mim sem ficar pensando que poderia ter sido melhor se fosse diferente. De qualquer forma, sei q essa viagem não vale só pra isso, e é por isso que ainda to aqui, atrás de o que mais ela pode me oferecer. Mas a ambivalencia é, sim, mto grande.
Vou deixar os outros assuntos mais concretos para algum outro post, pois acho que eles não cabem aqui agora, assim como não cabem na minha cabeça, que nesse momento está “devaneante”, mais uma vez, exista ou não essa palavra. De qualquer forma, são apenas palavras, e eu estou tentando transcrever sentimentos.
Só mais uma coisa... qdo leio algo sobre algo que faz sentido na minha vida, encontro algo, além das pessoas que amo, que sei que está escondido e que me faz falta, que é meu gosto pela música. É algo que me faz me sentir mais completa, mas andei deixando isso de lado por mts traumas inconscientes, talvez, e não sei mto bem o que quero com isso agora. Sem grandes pretensões, nem desejo de fama, mas acho q, qd nascemos com certo dom, tem algum motivo maior e isso costuma fazer a gente se sentir mais cheio de vida. A falta disso faz a gente sentir a vida mais sem graça...
Mtas reflexões... tenham uma boa semana.